terça-feira, 10 de abril de 2012

Sociologia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11

O idoso e a Mídia

A construção da imagem do idoso pela mídia

Uma das implicações do aumento do número de idosos é a construção da imagem do idoso apresentada pela mídia. A constituição desta nova imagem não é realizada sem propósito. Uma indústria inteiramente voltada para este gênero vem sendo montada e expandida com a ajuda do apelo midiático a adoção de um novo estilo de vida pelos idosos.
Reflexões sobre as formas e motivos de construção de estereótipos da pessoa idosa veiculadas pela mídia e as implicações desta imagem no processo de socialização do idoso, do seu lugar no contexto social e no próprio processo de envelhecimento individual.

A descoberta dos idosos como um seguimento de mercado

A televisão tem uma forte presença no cotidiano das pessoas e em decorrência disto, exerce muita influência nos valores, opiniões e comportamento da sociedade. Analisando as formas de representação do idoso pela mídia televisiva percebem-se as mudanças ocorridas na construção dessa imagem. Contudo é importante destacar que nas sociedades ocidentais, a velhice foi (e ainda é), ligada a uma imagem estereotipada.
Neste contraponto suas imagens e mensagens transmitidas pela televisão influem na maneira de socialização, das relações de convivências entre diferentes gerações. Atualmente, a imagem que a sociedade tem da velhice é uma construção produzida pelo
marketing comercial.

Há alguns anos atrás os idosos eram minoria nos programas de TV e eram retratados em suas características desfavoráveis, como o aparecimento de doenças, a perda das habilidades físicas e motoras, perda de memória, a perda da capacidade de trabalho, entre outras.
Ao longo dos anos, essa imagem foi se alterando, até a década de 30, nos comerciais publicitários de televisão, a presença do velho estava sempre ligada a produtos farmacêuticos ou de prevenção a doenças, a partir da década de 50 o idoso é retratado junto com a família, em anúncios de alimentação, cosméticos, mas sempre cumprindo papéis secundários, como na função de avós por exemplo.
A imagem negativa que tinha no passado foi substituída por uma mais saudável e ativa do velho ligada à longevidade. Como motivo de tal mudança, percebe-se claramente que com o aumento considerável do número de idosos mostrados nos dados demográficos e com o direito a aposentadoria, a exclusão ou a representação negativa desta categoria desconsiderava um seguimento significativo de consumidores com poder aquisitivo e cada vez mais em ascensão no mercado de consumo. Pois eles dispõem de tempo, saúde e recursos para consumir e realizar atividades de lazer e com um diferencial; atividades específicas para a categoria.
Uma série de produtos e serviços foram criados a este gênero vem sendo produzida para
atender a essa parcela da sociedade, paralelo a isso a mídia mobiliza os recursos necessários para despertar nessa categoria, a necessidade do consumo.
No espaço midiático então, o velho é incitado a adquirir novos hábitos para manterem
o corpo saudável e um espírito jovem, com participação social e valores modernos.
Para isso, um arsenal de produtos e serviços de rejuvenescimento, cosméticos, eletrodomésticos modernos, centros de lazer, agências específicas de turismo, serviços bancários, e outros produtos são criados e direcionados ao consumo desse gênero.
Mercado percebeu uma dissociação entre a aposentadoria e a velhice, marcando a aposentadoria não unicamente como meio de subsistência do velho, mas como recurso disponível para o lazer, a diversão.
A nova imagem do velho veiculada pela televisão está embasada no conhecido discurso da qualidade de vida dos mais velhos, contudo, não constitui uma realidade para todos e seu objetivo concreto está em afirmar um mercado de consumo em expansão, mas apenas para aqueles que podem pagar pelos benefícios. O novo estereótipo veiculado pelos meios de comunicação, do velho ativo e de espírito jovem atende mais a uma lógica do mercado de consumo do que a uma tentativa de socialização do velho e de sua melhor qualidade de vida.

O velho na propaganda

Para se entender a mudança na imagem do idoso na propaganda é necessário primeiro entender o que é propaganda e observar as mudanças que ela vem sofrendo ao longo dos tempos.
 
“A propaganda é um instrumento da comunicação mercadológica que visa informar ao consumidor os atributos de um produto, marca ou serviço específico e predispô-los a aquisição. Tem como estratégia fundamental despertar o consumo, tornar conhecido um produto ou serviço. A propaganda sempre tem um patrocinador explícito, por isso pode ser considerada uma forma remunerada de apresentação e promoção de idéias, bens ou serviços, pelos canais de comunicação de massa” (KOTLER, 2000).

“Ela é uma forma romanceada de comunicação. Usa personagens, lugares e situações fictícios para captar a atenção e o interesse do consumidor, a fim de comunicar os atributos e benefícios, tanto físicos quanto emocionais da marca e posicioná-la na mente do consumidor” (RANDAZZO, 1997).

A Publicidade que antes divulgavam as vantagens de um produto, seus atributos e suas características eram amplamente anunciada. Mas no período Pós-Revolução Industrial os bens de consumo tornaram-se descartáveis e os apelos publicitários mudaram com essa tendência e passaram a desenvolver estratégias de natureza subjetiva: emocional (psicológica) e sensível (estética), de modo a atuar mais sobre a observação visual, tátil, olfativa e passional do consumidor, para dar forma a desejos e necessidades conhecidas ou potenciais do consumidor. Foi a partir desse momento que os discursos da propaganda comercial passaram a vender mais conceitos e imagens, assumindo um vínculo estreito com a subjetividade. A propaganda deixou de se fixar exclusivamente no produto e suas características como um fim, para adicionar características de meio indispensável a outras conquistas como sonhos, desejos ou necessidades que, por meio dele (em suas promessas), se tornam possíveis.
Há na comunicação publicitária um paradoxo: sob a promessa anunciada, o consumidor
usa determinado produto para se sentir único e especial e, ao mesmo tempo, o consome
porque outros estão consumindo, para fazer parte de um grupo e não ficar excluído, ou seja, fica o dualismo, ser especial e ser como todos, ou numa versão publicitária: ser especial como todos.
Por isto nas propagandas veiculadas a personagem de mais idade pode ter múltiplos significados.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

REPRODUÇAO ASSEXUADA


A reprodução assexuada ou vegetativa é aquela em que organismos vivos são capazes de se reproduzirem por si só, ou seja, não precisam do auxílio de outro indivíduo da mesma espécie.
 Este processo pode ocorrer por divisão celular, por fragmentação ou por brotamento. A divisão celular ocorre nos seres unicelulares, quando uma célula deixa de existir, cedendo lugar a duas ou mais células. 
Na fragmentação o organismo vivo divide-se em pedaços, e estas partes originam novos seres; isto ocorre em animais multicelulares (anêmonas-do-mar) e também com alguns vegetais, como, por exemplo, as algas. Já no brotamento são formados botões ou brotos em várias áreas do organism

sexta-feira, 9 de março de 2012

A GUERRA DO PARAGUAI

No século XIX, as nações americanas emancipadas após a crise do sistema colonial se lançaram ao desafio de estabelecerem a soberania política e econômica de seus territórios. Essa seria uma tarefa bastante difícil, pois passados séculos de dominação colonial, esses novos países teriam que enfrentar os desafios estabelecidos pelo capitalismo industrial e financeiro do período.

Segundo alguns estudiosos, o processo de independência das nações latino-americanas não significou o fim da subserviência política e da dependência econômica. Sob outros moldes, esses países ainda estavam presos a instituições corruptas e à antiga economia agroexportadora. Contrariando essa tendência geral, durante o século XIX, o Paraguai implementou um conjunto de medidas que buscavam modernizar o país.

Nos governos de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) o analfabetismo foi erradicado do país e várias fábricas foram instaladas com o subsídio estatal. Além disso, melhorou o abastecimento alimentício com uma reforma agrária que reestruturou a produção agrícola paraguaia ao dar insumos e materiais para que os camponeses produzissem. Esse conjunto de medidas melhorou a condição de vida da população e fez surgir uma indústria autônoma e competitiva.

No ano de 1862, Solano López chegou ao poder com o objetivo de dar continuidade às conquistas dos governos anteriores. Nessa época, um dos grandes problemas da economia paraguaia se encontrava na ausência de saídas marítimas que escoassem a sua produção industrial. Os produtos paraguaios tinham que atravessar a região da Bacia do Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina.

Segundo alguns historiadores, essa travessia pela Bacia do Prata era responsável, vez ou outra, pela deflagração de inconvenientes diplomáticos entre os países envolvidos. Visando melhorar o desempenho de sua economia, Solano pretendia organizar um projeto de expansão territorial que lhe oferecesse uma saída para o mar. Dessa maneira, o governo paraguaio se voltou à produção de armamentos e a ampliação dos exércitos que seriam posteriormente usados em uma batalha expansionista.

No entanto, outra corrente historiográfica atribuiu o início da guerra aos interesses econômicos que a Inglaterra tinha na região. De acordo com essa perspectiva, o governo britânico pressionou o Brasil e a Argentina a declararem guerra ao Paraguai alegando que teriam vantagens econômicas e empréstimos ingleses caso impedissem a ascensão da economia paraguaia. Com isso, a Inglaterra procurava impedir o aparecimento de um concorrente comercial autônomo que servisse de modelo às demais nações latino-americanas.

Sob esse clima de tensão, a Argentina tentava dar apoio à consolidação de um novo governo no Uruguai favorável ao ressurgimento do antigo Vice Reinado da Prata, que englobava as regiões da Argentina, do Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o Brasil era contra essa tendência, defendendo a livre navegação do Rio da Prata. Temendo esse outro projeto expansionista, posteriormente defendido por Solano López, o governo de Dom Pedro II decidiu interceder na política uruguaia.

Após invadir o Uruguai, retaliando os políticos uruguaios expansionistas, o governo brasileiro passou a ser hostilizado por Solano, que aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda. Com esse episódio, o Brasil decidiu declarar guerra ao Paraguai. A Inglaterra, favorável ao conflito, concedeu empréstimos e defendeu a entrada da Argentina e do Uruguai na guerra.

Em 1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias. Inicialmente, os exércitos paraguaios obtiveram algumas vitórias que foram anuladas pela superioridade do contingente militar e o patrocínio inglês da Tríplice Aliança.

Mesmo assim, as boas condições estruturais e o alto grau de organização dos exércitos paraguaios fizeram com que a guerra se arrastasse por cinco anos. Somente na série de batalhas acontecidas entre 1868 e 1869, que os exércitos da Tríplice Aliança garantiram a rendição paraguaia.

O saldo final da guerra foi desastroso. O Paraguai teve cerca de 80% de sua população de jovens adultos morta. O país sofreu uma enorme recessão econômica que empobreceu o Paraguai durante muito tempo. Com o final da guerra, o Brasil conservou suas posses na região do Prata.

Em contrapartida, o governo imperial contraiu um elevado montante de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição interessada em interferir nas questões políticas nacionais. A maior beneficiada com o conflito foi a Inglaterra, que barrou o aparecimento de uma concorrente comercial e lucrou com os juros dos empréstimos contraídos.